O brilho nos olhos que já não enxergo
A obra prima é antes ainda
conjunto detalhado das interseções
em teu rosto maculado,
conjura, evoca
sensações acumuladas
destas que queremos esconder.
digo, não por vergonha
mas por temer a feiura
do incompreensível.
Há no céu
ponto fixo
que poderia chamar de Paraíso?
Há na dor
ponto fixo
que poderia chamar de Inferno?
Invade o peito
pestilência sufocante,
e ainda sim,
não poderia chamar de tristeza,
seria indiferença demais.
O horizonte é infinito aos olhos,
através do rosa no céu e nuvens nucleares
capturo apenas a imagem de Sísifo,
carregando o corpo de Deus.
Os meus olhos cansados,
lacrimejam feito poças de água,
daquelas que encontramos nas ruas
e qualquer passo em falso esborra.
Suspiro
encarando o único sinal que comprova a ausência;
a presença de outro.
Não sei como superar,
não sei mesmo como vou me encontrar,
aflito, já é rarefeito as vontades de viver se não vejo mais os detalhes das borboletas no deserto.
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